A expectativa bilionária do varejo, ingredientes caros e hotéis da Bahia lotados
Olha para a pauta, jornalista!
Veja como ela está linda!
Olá, repórter! Hoje a gente chega na sua caixa de e-mail de surpresa e cantando a nossa versão do clássico junino “Olha Pro Céu”, herança do cantor Luiz Gonzaga.
Apesar de saber que o nosso encontro está marcado para a semana que vem e que ninguém gosta da visita que chega sem avisar, a nossa é por uma causa especial: uma edição de pautas sobre o São João, feriado recheado de festejos que muitos jornalistas amam e não abrem mão de noticiar.
Se você adora o bom e velho arrasta-pé, vai se surpreender ao saber os efeitos que ele tem no varejo, setor hoteleiro e turístico. Sem mais delongas, vamos descobrir como a época do forró afeta a economia baiana!
💲Pautas
💡💹Festejos juninos devem movimentar R$ 5,56 bilhões no comércio baiano
Engana-se quem pensa que os festejos juninos só brilham aos olhos dos apaixonados por forró, quadrilha, licor e fogueira. O São João é tão ou mais esperado pelos comerciantes e empresários do que pelos forrozeiros de plantão. Isso porque a tradicional festa é uma injeção e tanto na economia. Na Bahia, a Fecomércio-BA estima que o comércio varejista, em especial os segmentos de supermercados e vestuário, movimentem R$ 5,56 bilhões neste mês de junho por causa das celebrações juninas.
Caso a projeção se concretize, o estado vai movimentar mais dinheiro este ano do que na mesma época de 2023. A alta vai ser de 5,5% na comparação anual. A maior parte da movimentação bilionária vai ficar por conta dos supermercados, setor que deve crescer 6,5% em termos de circulação financeira.
Mas por que o segmento de supermercados terá maior participação no fluxo financeiro gerado pelas festas juninas? Se esse questionamento já apareceu aí para você, não precisa se desesperar: o esclarecimento vem agora!
Os motivos são variados. Um deles é a compra de comidas e bebidas que os consumidores fazem em prol da realização de eventos com familiares e amigos. Outro ponto a se considerar é a necessidade dos empresários de abastecer os estoques para atender um público maior em hotéis, restaurantes e festas.
Ou seja, se tem mais gente para consumir, é importante ter produtos e serviços na medida certa para vender. Contudo, comprá-los nessa época não sai barato. A alta demanda faz os preços subirem, uma tendência que afeta, sobretudo, o valor dos alimentos. Inclusive, os ingredientes para fazer os pratos típicos do São João estão com os preços nas alturas, bem acima da inflação média da região de Salvador, de 3,49%, mas isso vai ser tema da nossa segunda pauta. Antes dela, bora falar do setor de vestuário?
Vai ser jogo rápido. Na contramão do segmento de supermercados, a expectativa da Fecomércio-BA é que haja uma queda de 3% nas vendas dos comerciantes locais. O que pode fazer essa projeção se tornar realidade é a disputa com o mercado online, que cresce cada vez mais, e impacta os empreendimentos que vendem roupas apenas de forma presencial.
Tá vendo que foi rapidinho? Agora vamos colocar em voga os questionamentos!
- Como os empreendedores baianos que trabalham com vestuário podem contornar a possível queda nas vendas?
- Qual é a expectativa de faturamento dos empresários na época junina?
- O que o governo da Bahia tem feito para incentivar e fortalecer a tradição do São João no estado?
💡💹Preço de ingredientes de pratos típicos do São João está acima da inflação de Salvador
Devido ao spoiler na pauta anterior, você já sabe que fazer as tradicionais iguarias juninas vai custar caro. Os preços dos ingredientes estão acima da inflação média da região de Salvador, que é de 3,49%, segundo dados do Índice de preços ao consumidor (IPCA), levantamento mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O carro-chefe do aumento expressivo é o arroz, alimento cujo preço subiu 21,95%. Entretanto, essa grande alta não é de se estranhar, já que o Rio Grande do Sul, maior produtor do grão no Brasil, enfrenta uma catástrofe ambiental sem precedentes. O estado gaúcho responde por 70% da produção de todo o arroz no Brasil, cultura agrícola que teve sua safra afetada pelas enchentes. Sendo assim, é comum que os preços do cereal subam, apesar do Governo Federal já ter colocado em prática um plano de contingência: a importação de toneladas do cereal.
Com uma elevação menos expressiva, é possível encontrar o milho verde (7,42%), a maçã (7,26%) e o leite de coco (3,78%). Há também itens que, no acumulado de 12 meses, tiveram os preços reduzidos, o que ajuda a “equilibrar” a balança. Entre eles estão o trigo (-19,04%) e a farinha de mandioca (-7,45%).
Depois dessa enxurrada de dados, vamos respirar um pouquinho e já pensar nas perguntas?
- Com alguns ingredientes mais caros, como fica o repasse do preço das comidas juninas para o consumidor final?
- Para além do preço do arroz, a tragédia no Rio Grande do Sul afeta os festejos juninos de mais alguma forma?
- Quais alimentos mais em conta podem substituir os ingredientes com preços elevados?
💡💹 Cidades baianas devem ter 100% dos hotéis ocupados no São João
Nessa altura do campeonato já está claro o impacto dos festejos juninos na economia baiana. A época de dançar forró é, de fato, um mar de oportunidades para negócios e setores econômicos, como o hoteleiro, gerarem mais receita do que o habitual.
Geralmente, não é comum ver as acomodações de cidades do interior da Bahia lotadas, mas esse cenário muda no São João. A expectativa é que, como no ano passado, a ocupação dos municípios mais buscados pelo público para curtir as festas juninas chegue a 100%, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), Wilson Spagnol.
Alguns centros que se destacam com a tradicional festa sazonal e chamam a atenção dos turistas são Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Ibicuí, Senhor do Bonfim, Cruz das Almas e Lençóis. No período junino, a busca por hospedagem nessas cidades cresce bastante e o resultado é um só: hotéis e pousadas cheios. Falando nisso, você já fez a sua reserva para não ficar de fora dos festejos mais cobiçados do estado? É bom ficar atento, pois nem todo município tem uma oferta grande de locais para abrigar os visitantes.
Agora que o recado foi dado, vamos voltar ao foco!
Diferente das cidades do interior, a capital baiana não cresce muito em público no São João. Sim, até os soteropolitanos correm para os pequenos centros e fomentam a tradição por lá. Diante desse movimento, a capital não chega a ficar amarrotada de gente como no Carnaval. Inclusive, de acordo com a ABIH-BA, em anos anteriores, Salvador não apresentou nenhuma variação significativa nas taxas de ocupação da rede hoteleira da cidade na época junina. Ou seja, a correria acontece mesmo nos outros cantos da Bahia.
No entanto, antes da galera começar a pular fogueira, bora noticiar a boa festa? Pauta já temos e perguntas para responder não vão faltar. Veja mais algumas:
- Por que o público prefere passar os festejos juninos no interior do estado?
- Como os hotéis das pequenas cidades se preparam para receber os turistas?
- Qual a estratégia dos turistas para conseguir hospedagem no interior da Bahia diante da alta demanda por reservas?
Fontes
Vai fazer matérias sobre os festejos juninos? Há alguns contatos que podem te ajudar a deixar sua reportagem ainda mais rica. Por isso, não deixe de colocá-los no mailing.
- Wilson Spagnol – presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA)Assessoria:talita@aegplus.com.br
- Guilherme Dietze – consultor econômico da Fecomércio-BAAssessoria:ascom@fecomercioba.com.br
- Wagner Gomes – orientador de negócios e gestor de atendimento do Sebrae BahiaAssessoria:cristiana.fernandes@varjao.com
Palavras-chave
Para otimizar a entrega das matérias para o público, a gente não pode abrir mão das palavras-chave. Então, o tópico não poderia ficar de fora dessa edição especial. Afinal, queremos que as notícias sobre o São João alcance a audiência, que, sem dúvidas, vai ficar feliz em saber do impacto da tradição junina na economia da Bahia.
O esquema de indicação das palavras-chave vai ser o mesmo do envio anterior, que você pode conferir clicando aqui caso não tenha lido ainda. Vale a pena!
De qualquer forma, vale uma pincelada rápida na metodologia da escolha das expressões: em meio à comparação de dois termos, o que está em caixa alta é o mais buscado pelo público, de acordo com a plataforma Google Trends.
- São João vs festejos juninos: SÃO JOÃO
- Comércio varejista vs varejo: VAREJO
- Preço vs valor: PREÇO
- Cidade vs município: CIDADE
- Setor vs segmento: SETOR
Agora sim a nossa news tá completa! Boas matérias, festas e feriado. Em breve a gente se encontra de novo para discutir mais e mais pautas!